quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vitória

Terminadas as eleições do dia 7 de outubro último, contabilizou-se a marca de 25% de eleitores que não votaram em nenhum candidato em Goiânia. Duzentos mil pessoas demonstraram disposição a não participar da falsidade. É um número significativo. Mais significativo para mim é o fato de que o prefeito que vai governar o município a partir de 2013 foi eleito com menos de 350 mil votos (44%), ou seja, a maioria absoluta dos eleitores do município não o apóia. Portanto, sua legitimidade é questionável. Quanto à Câmara Municipal o quadro é semelhante, com um detalhe mais grave: o tal quociente eleitoral, que distribui desigualmente as cadeiras do legislativo entre as legendas e faz com que candidatos menos votados consigam suas vagas no lugar de outros mais votados. E a vontade do povo, como fica? E a tal representatividade?

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ficha limpa?

Acredito sim, que existam candidatos "ficha limpa". Honestos, bem intencionados, com bons projetos, democráticos, interessados em promover o bem público e a representar verdadeiramente a classe trabalhadora. Mas esses candidatos não conseguem se eleger. Alguns não conseguem nem se candidatar. Esses não têm dinheiro para comprar votos, para contratar marqueteiros. Se forem fazer suas campanhas não distribuirão santinhos, pois sabem que grande parte destes vai parar no chão da cidade sujando-a. Não contratariam carros de som barulhentos tocando aqueles jingles horríveis, poluindo o meio ambiente e perturbando nosso sossego. Esses candidatos falariam o que realmente pensam e não o que a maioria quer ouvir. Enfim, ficha limpa não ganha eleição. É mais uma farsa montada para tentar nos iludir.

Não se deixe enganar

Luciano Campos Luciano Campos 28 de Agosto de 2012 00:45 Estamos diantes de partidos pragmaticos que nao distinguem diferenças ideologicas, Estamos diante de partidos politicos que sao embaldos pela logica da publicidade e propaganda como um produto e seus canditados como garotos propagandas a alcançar os consumidores eleitores, sao perfomances impressionantes de um Talk show man. Onde as agencias publicidades ganham atibuiçoes de escritorios partidarios ... assim o que dizer, como vai ao ar, a aparencia do candidato devem ser vistas conforme o publico alvo... O vc acha amigo, ainda quer ser engando!!!!?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS: BREVES CONSIDERAÇÕES

Artigo – Eduardo Gomes Professor nas redes Estadual e Municipal de Educação e-mail: edupbrturbo@hotmail.com ELEIÇÕES MUNICIPAIS: BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO Neste ano de 2012 vamos passar por mais um processo eleitoral em nosso país, desta vez com o pleito das eleições municipais. Quero, portanto, chamar o leitor à reflexão, com breves considerações sobre o sistema político brasileiro, o processo eleitoral no Brasil e a nossa tão proclamada democracia. Durante período eleitoral, seja ele para eleições municipais ou para os níveis estadual e federal, vemos constantemente em notícias da mídia falada e/ou escrita, certa apologia à nossa democracia e ao que se considera como ponto máximo dessa democracia: o exercício da cidadania através do voto. Fazem essa referência ao voto como se a única forma e o único momento de o cidadão exercer sua condição como tal fossem somente quando este chega em frente à urna eletrônica, apertar o número de seu candidato ou legenda e sai “feliz da vida” por ter cumprido seu “dever de cidadão”, exercido sua cidadania. O voto seria então a “arma” do eleitor contra todos os males que assolam a sociedade. Para muitos é considerado uma verdadeira panacéia: se votamos em um candidato ruim ou que mude de lado quando consegue ascender ao poder, cometendo atos de corrupção desviando dinheiro público em proveito próprio, basta suportar esse político por quatro anos e depois não votar mais nele, elegendo outro e depositando nossa confiança nesse outro. E tem até os mais conformistas que dizem: “mas é assim mesmo... Fulano rouba, mas faz...”. E assim por diante. É como se ao eleitor estivesse destinado ad eternum ao papel de somente exercer seus direitos de quatro em quatro anos, e apenas por um dia. Acontece que a política, tomada no seu sentido mais amplo (não apenas restrita a grupos ou partidos políticos) é uma questão mais complexa, envolve seres humanos em coletividade, suas aspirações, anseios, condições, interesses. Sua compreensão plena requer árduos estudos, esclarecimentos, pesquisas, que por sua vez depende de um sistema educacional público que respeite e valorize o principal formador de opinião e formador dos outros profissionais: o professor. E vemos que o Brasil está muito longe de valorizar verdadeiramente esse profissional. Daí o desinteresse da maioria esmagadora da população brasileira pelas questões como o funcionamento do nosso sistema político, o processo eleitoral e a busca do verdadeiro sentido de democracia, e, por outro lado, seu alienado interesse por questões banais propagadas pela mídia. Por trás de uma simples situação de alguns membros da sociedade se candidatarem a cargos políticos, e de outro lado, outros membros votarem em alguns e rejeitarem outros, existem os bastidores das campanhas eleitorais, onde figuram os financiadores de campanha, aqueles que “doam”(a expressão correta é emprestam) dinheiro para campanhas dos candidatos, e que, caso estes se elejam, irão cobrar a fatura com juros e correção monetária, e some-se a isto as negociatas e ambições de grupos que estarão no poder. E mesmo que um ou outro candidato não tenha recebido doações de campanha a ponto de se comprometer com seus doadores (o que é muito raro), e consegue ganhar as eleições, mais cedo ou mais tarde se vê preso a amarras do interesse de grupos que estão no poder dentro de um sistema viciado e corrupto. Nesse caso o indivíduo tem basicamente, três opções: continuar no cargo para o qual foi eleito e fazer o jogo sujo dos interesses desses grupos, votando projetos a favor desses grupos e muitas vezes contra o interesse popular, tentar lutar contra os interesses desses grupos ou então desistir da vida política, abandonando o cargo para o qual foi eleito, às vezes antes de terminar seu mandato, o que raras vezes ocorre, pois o poder político e econômico são sedutores. Então, quem acaba pagando a conta de tudo isso? Obviamente, nós eleitores e pagadores de impostos (injustos e abusivos em nosso país). Temos um exemplo concreto dessa cobrança de fatura dos “doadores” de campanha, no caso que estourou na mídia no início desse ano com a “OPERAÇÃO MONTE CARLO” realizada pela polícia federal, onde foi constatado que o bicheiro Carlinhos Cachoeira, doador de campanha do governador Marconi Perillo e do Senador Demóstenes Torres, tem forte influência no governo do estado, nomeando cargos e defendendo seus interesses econômicos dentro desse governo, bem como negociou projeto de lei de seu interesse diretamente com o ex-senador Demóstenes Torres. Há indícios também da influência de Cachoeira nos governos do Distrito Federal e nas prefeituras de Goiânia e de Palmas. Não estou defendendo aqui nenhuma bandeira partidária, mas buscando apenas esclarecer fatos. Estamos, portanto, diante de um sistema político que está corrompido e se tornou refém do poder econômico. Isso está claro para muitos eleitores e ajuda a explicar o aumento dos índices de voto nulo nas pesquisas de intenções de voto, até mesmo entre a parcela da população considerada menos esclarecida politicamente. Nesse sentido é fácil de entender a lógica. Se eu voto em fulano ou sicrano, mais tarde ele vai escolher atender aos interesses dos “grandes e poderosos” ao invés de atender aos meus interesses. Depois dos escândalos políticos deflagrados recentemente no nosso estado e no país, aumentou e muito o descrédito da população para com a nossa classe política. Está claro para a população que o poder político está nas mãos do poder econômico, e quem não possui esse, fica sem aquele. Por isso a falência do sistema de representatividade política, no modelo em que é praticado atualmente. Sendo assim, nossa tão proclamada democracia é frágil, construída nos moldes burgueses, onde nós somos livres desde que sejamos pagadores de impostos, consumidores bem comportados e não nos manifestemos em prol de uma verdadeira liberdade, de uma nova educação e de uma verdadeira democracia, que extrapole os limites restritos do capital, que forme seres humanos verdadeiramente livres e com consciência plena de suas capacidades, potencialidades e direitos. A propósito, lembrei-me de uma frase escrita em um muro da cidade que dizia: “se votar verdadeiramente mudasse algo, seria proibido”. Então, propositadamente, faço algumas provocações e questionamentos ao leitor sobre as breves considerações feitas. No caso das eleições municipais, teoricamente iremos eleger os nossos representantes políticos para cargos de vereador e para o cargo de prefeito. Face ás ao exposto acima, teremos de estar cientes de que esses mesmos representantes, apesar e independentemente de promessas de campanha e de projetos políticos para nosso bairro e para a nossa cidade, mais cedo ou mais tarde irão nos trair, pelo jogo de poder que envolve os interesses econômicos e políticos, tanto individuais quanto de grupos. Portanto, se ainda não o fizeram (por falta de uma motivação para tal, como as possíveis benesses em forma de mensalinho, ou um maior prestígio perante o chefe do executivo, como facilidades para indicarem parentes e/ou apadrinhados políticos para cargos no executivo) com certeza irão prejudicar (muitas vezes não por intenção pessoal, mas por fazer parte e estarem coagidos por um sistema onde as cartas estão marcadas) procurando assim, o caminho mais fácil, o qual seja o de favorecer o executivo (que sempre persegue o objetivo de economizar o máximo possível seus recursos, principalmente com folha de pagamento, a fim de que sobre dinheiro em caixa pra outros fins quais seja o caixa dois, superfaturamentos, contratos bilionários com empresas de reputações duvidosas e outras tantas formas de desvios de dinheiro público que temos visto no nosso estado) votando contra os interesses pessoais. E como sabemos, não é de interesse da nossa classe política fazer investimentos maciços em educação, por questões pragmáticas (pensam sempre em como se beneficiar na próxima eleição, e não têm projetos e nem visão a longo prazo). PORTANTO, FICA A PERGUNTA: SERÁ QUE VALERIA A PENA VOTAR EM NOSSOS FUTUROS ALGOZES, SEJAM ELES DE QUAISQUER PARTIDOS? FICA AÍ A PROVOCAÇÃO. Enviado pela colega Raquel Salomão.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Enganam o eleitor

Quando se aproxima a época das eleições no Brasil se iniciam a propaganda dos partidos, candidatos e da Justiça eleitoral. Fala-se muito sobre o processo eleitoral. Parece que se fazem esclarecimentos aos eleitores. A grande mídia nos ilude vendendo a ideia de que vivemos numa democracia plena, já que nosso processo eleitoral é pretensamente livre.
Muitos detalhes deste processo me chamam a atenção negativamente. Uma delas é o fato de se ocultar do eleitor, penso que propositalmente, de que, no caso da eleição proporcional, nós votamos é nos partidos e não nos candidatos propriamente ditos. O voto é contado primeiro para o partido (ou coligação) e depois repartido entre os candidatos escolhidos pelos partidos.
Pensemos nisto.
Até a próxima

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sobre o voto nulo


Cinco perguntas sobre sua intenção de voto – tente respondê-las.
  • como você pode ter certeza de que o seu voto em qualquer candidato vai causar alguma transformação positiva em sua qualidade de vida?
  • Que garantia você possui de que o candidato em que você pretende votar está e continuará compromissado com a sua pessoa?
  • Você já conversou com os candidatos que pedem seu voto, perguntando a eles quem são seus financiadores de campanha e o que eles esperam deles?
  • Participar como cidadão é apenas votar e ser esquecido, depois das eleições, pelo político que você ajudou a eleger?
  • Como você pode assegurar que o resultado real das eleições, em termos de mudanças reais e significativas, está relacionado a seu voto individual?
Se, tentando responder, ficou com dúvidas que o deixaram inquieto, é porque, provavelmente, o que lhe foi ensinado sobre sua participação no processo eleitoral não fez de você um cidadão, de fato, participativo. Então, nós, do Comitê Contra a Farsa Eleitoral, o convidamos a participar de forma verdadeira e efetiva: no dia 8 de outubro, VOTE NULO. Diga não à farsa chamada “eleição”.
(Professor Júlio Adriano)